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Desenho

Coletivo

Objetivo: Trabalhar as relações entre as pessoas participantes, bem como a cooperação. Construir um desenho  a ser experimentado como coletivo ao invés de um produto individual. A atividade pode ser uma oportunidade para abordar conflitos vividos no grupo, tematizando a dimensão coletiva.

Observações:

Ao realizar essa atividade com crianças, pode ser interessante fazer uma rodada de teste, antes de iniciar os desenhos, para tirar dúvidas sobre como irá funcionar a circulação das folhas com a interrupção da música/comando verbal. Com crianças mais novas, a experiência de se desfazer de algo iniciado pode ser mais difícil. Nesses casos, uma conversa inicial sobre a proposta, enfatizando que nenhum desenho é de nenhuma pessoa específica, mas todos são de todo mundo, pode ajudar no desenvolvimento da atividade.

Material:

Folhas A4 brancas, material para desenhar.

Temas:

Laços

Comentando a atividade:

“É uma atividade elaborada para pensar além do trabalho coletivo entre eu e outros, mas como lidar com a coletividade sendo vista apenas como “nós”. A proposta da atividade em seu desenvolvimento é pensada para que seja possível as crianças criarem a partir de algo que não é seu e ver o que supostamente seria seu, se tornar outra criação. Durante o desenvolvimento é possível perceber a forma com que elas comunicam por seus desenhos as emoções e como lidam com o ideal de um coletivo na atividade proposta.”

Desenvolvimento

Organizar as pessoas participantes em roda, sentadas.

Entregar uma folha a cada participante, explicando que a atividade se chama “Desenho Coletivo”. Perguntar como acham que será construído esse desenho. Em seguida, dizer que não é necessário escrever o nome nas folhas. Cada pessoa deve iniciar um desenho enquanto uma música toca ao fundo. Explicar que, quando a música parar, devem entregar a folha para a pessoa que está do seu lado direito. Quem facilita deve interromper a música após alguns minutos, para a circulação dos desenhos. Caso não seja possível usar música, um comando verbal para rodar os desenhos pode ser dado.

A facilitação deve observar o andamento da atividade, ajustando o tempo de intervalo entre os giros das folhas, caso necessário. É um momento privilegiado para observar como as pessoas participantes lidam com a contingência e a perda de controle sobre algo iniciado.

A atividade deve ser finalizada antes de cada folha retornar para quem iniciou aquele desenho. Antes da última rodada, dizer em voz alta que é a última.

Encerrado o desenho, conversar em roda sobre atividade. Pedir para que cada pessoa apresente o desenho que tem em mãos, comentando-o. Estimular que as pessoas falem sobre como foi a experiência de interromper o desenho e circula-lo, contribuir em algo já iniciado.

A conversa pode ser dirigida para a experiência de estar em grupo com as pessoas participantes, tratando de dificuldades e facilidades encontradas que extrapolam a atividade.

Recomenda-se que os desenhos fiquem com as pessoas durante a conversa, para que possam conversar sobre os mesmos. Ao final, é importante que quem facilita tenha acesso ao que foi produzido, para ter uma visão geral da experiência.