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Desenho

de um

corpo

Objetivo: Discutir, a partir da construção de um desenho coletivo de alguém de sua idade, como as pessoas participantes pensam as diferenças, os padrões corporais, os ideais de beleza e os estereótipos.

Material:

Cartolinas, material para desenhar.

Temas:

Corpo, Trajetória

Observações:

Trata-se de uma boa opção de atividade para iniciar um ciclo de oficinas, pois convoca a uma tarefa coletiva colocando em discussão características que aproximam e afastam as pessoas participantes. 

Se for possível, disponibilizar para esta atividade kits de giz de cera com cores de pele variadas (fabricados atualmente por várias marcas), para que as pessoas participantes possam construir seus personagens com opções de cores.

Comentando a atividade:

“Essa é geralmente a primeira oficina que realizamos quando começamos com um grupo em uma escola. É assim porque pensamos ser essa uma oficina muito introdutória, ainda bastante abstrata para tudo aquilo que esperarmos conversar com a turma. É muito interessante que sempre que damos as primeiras coordenadas da atividade, as primeiras perguntas que surgem são: “É pra fazer menino ou menina?”, “Tem que ser com roupa ou sem roupa?”, evidenciando, de princípio, como os assuntos de  gênero e sexualidade estão inevitavelmente nas escolas e muito bem sabidos pelos alunos…”

Desenvolvimento

Pedir que se formem pequenos grupos de três a quatro participantes. Dar a cada grupo uma cartolina branca, que pode ser apoiada no chão ou em uma mesa.

Explicar que devem desenhar conjuntamente em cada grupo uma pessoa de sua idade. Perguntar, para estimular a construção coletiva do desenho: como é o corpo dessa pessoa? Como ela é? Evitar perguntas ou sugestões que direcionem o desenho ou que reforcem o binarismo de gênero. Estimular que os grupos discutam o desenho que farão, focando nos termos “corpo” e “pessoa da idade de vocês” ao se dirigir aos grupos.

Estabelecer o tempo que os grupos terão para produzirem o desenho. Os/as facilitadores/as devem circular pela sala, acompanhando o processo criativo nos grupos e fazendo perguntas sobre o que está sendo feito. Avisar cinco minutos antes quando o tempo estiver finalizando.

Depois de prontos os desenhos, sentar com todas as pessoas em roda e propor a apresentação dos trabalhos pelos grupos a todas as pessoas participantes. Perguntar, nesse momento:

  • como cada grupo fez seu desenho – técnica, uso de cores, dinâmica de trabalho, divisão de tarefas no grupo…
  • se houve alguma inspiração para aquele desenho.

Na discussão, conversar sobre a diversidade dos corpos desenhados. Falar sobre a ideia de normalidade que pode surgir nas apresentações dos grupos (“normal é assim”, “isso é feio/bonito”, “que estranho!”, etc). Destacar o objetivo pretendido com a atividade, relacionando com os conteúdos trazidos pelo grupo.