Objetivo: Explorar com a turma a importância do consentimento e respeito nas relações interpessoais, trabalhando noções de espaço e corpo. Debater sobre a indispensabilidade da comunicação nos relacionamentos. Tornar físico e visual, através do brincar, noções como a importância da troca e da escuta do outro, seus limites e desejos, sendo esses condutores para a discussão/entendimento do tema.
Posso te visitar?
Material:
Fita crepe ou fita colorida, papéis para sorteio com quadrados e círculos (na proporção de ½ a quantidade de alunos da turma para cada forma), folhas de papel em branco, material para desenhar (canetinhas, lápis, giz).
Temas:
- Antes de iniciar a atividade, é necessário arrumar a disponibilidade das mesas e cadeiras da sala, as organizando de uma maneira que abra o espaço para livre circulação das crianças.
- Iniciar a oficina com questões disparadoras que direcionem as crianças a pensarem sobre os conceitos espaciais. Perguntas como “Vocês acham a sala de vocês pequena ou grande?”; “Existem muitos objetos dentro da sala de aula?”; “Vocês acham fácil ou difícil se moverem pela sala?” servem para direcionar o foco delas para o espaço. Em seguida, propor para a turma que eles tentem andar de forma calma pela sala durante 1 ou 2 minutos sem encostar uns nos outros, tomando o devido cuidado com a forma como vai ser dada essa instrução para que não instigue uma competição. Após esse momento, perguntar para as crianças se elas acham difícil ou fácil.
- Com a sala já arrumada, de forma que possua espaço no chão para a atividade, sortear entre a turma os papéis, pedindo para quem sorteou o quadrado que vá para um lado da sala, e quem sorteou o círculo para outra. (Em caso de número ímpar, não há prioridade de grupo visto que a atividade possui duas rodadas, em que os papéis na segunda serão invertidos.)
- Com a turma dividida, delimitar com a fita os quadrados no chão que cada uma das crianças que estão no grupo do quadrado irá ocupar. É importante fazer um quadrado razoavelmente grande, pensando que outras crianças irão entrar neles durante a atividade. É importante delimitar os quadrados antes de explicar a atividade.
- Com os quadrados no chão com suas respectivas crianças dentro, explicar para a turma o que cada grupo é e sua função:
QUADRADOS: São crianças que tem um espaço individual delas, como uma casa ou uma carteira escolar que delimita o espaço de cada pessoa.
CÍRCULOS: São “visitas”, isto é, pessoas que não pertencem a aqueles quadrados mas que podem visitá-los.
Explicar para a turma que, nos próximos 5 minutos, as visitas podem transitar pelos quadrados e visitá-los, com a condição de que as visitas somente poderão entrar nos quadrados se as crianças dentro deles permitirem, ou seja, é necessário que as visitas peçam para entrar. Dado os 5 minutos, será feita uma nova rodada com os lugares invertidos. - Após as duas rodadas, solicitar que a turma se sente em círculo para a atividade final, e que peguem seus materiais de desenho. Distribuir para cada criança uma folha de papel, e pedir para se expressarem artisticamente (desenhos, palavras, traços etc) como elas se sentiram durante a atividade. Dizer para as crianças que podem ser sentimentos bons ou ruins, que só elas sabem como se sentiram, logo, não tem certo ou errado.
(Perguntas e comentários disparadores para o desenho: “Como vocês se sentiram ao receberem visitas? E como se sentiram se não receberam?”; “O quadrado de vocês foi respeitado? Se sim, como isso fez vocês se sentirem? Se não, como se sentiram?”; “Você foi negado a visitar algum quadrado? Como você se sentiu?”)
Comentando a atividade:
“Fazer uma atividade em 2021 no contexto pandêmico em que a máscara tornou-se algo cotidiano com o nome “baile de máscaras” nos estimula a pensar como que as pessoas atualmente também incluíram máscaras como uma forma de expressão – máscaras estampadas, PFF2, máscaras de exercício e que as máscaras também podem dizer muito sobre si, também vira uma ferramenta de expressão como as outras máscaras de fantasia. A máscara que você escolhe usar diz muito sobre você. A máscara como ferramenta de identidade.”