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Preparando um guaraná natural

Objetivo: Discutir com a turma a importância do consentimento nas relações, considerando as relações de amizade e afetivo-sexuais. Debater sobre a violência nas questões de gênero, o direito ao próprio corpo, a importância do diálogo nos relacionamentos; trabalhar vulnerabilidades e a escuta.

Material:

Cópias do texto “Preparando um guaraná natural para alguém”

Adaptações:

Compartilhar o texto na tela e dividir os grupos em chats separados, de acordo com a plataforma.

1º momento:
Sentar com a turma em roda. Explicar que leremos um texto curto juntos/as, em voz alta, cada um/a lendo uma linha dele, e que depois conversaremos sobre. Distribuir o texto e iniciar a atividade.
Após a leitura, perguntar sobre o que acham que o texto fala, bem como quais situações poderíamos relacionar com os exemplos dados no texto; quais tipos de violências imaginam que possam acontecer nas relações, se é algo que  consideram comum e o porque imaginam que elas acontecem; levantar questões sobre a importância de conversar sobre consentimento nas relações.

PREPARANDO UM GUARANÁ NATURAL

  • Você pergunta pra pessoa:
    – Ei, você quer um guaraná natural?
    E a pessoa diz:
    – Nossa, eu adoraria tomar um guaraná natural! Obrigado!
    Então você sabe que a pessoa quer um guaraná natural.
  • Se você pergunta:
    – Ei, você quer um guaraná natural?
    E a pessoa diz:
    – Hummm… Sabe, eu não tenho certeza…
    Então você pode preparar o guaraná natural, ou não.
    Mas saiba que a pessoa pode ou não querer beber o guaraná natural.
    E se ela não beber – essa parte é importante – não faça a pessoa beber o guaraná natural.
    Só porque você preparou, não quer dizer que você tem o direito de ver a pessoa bebendo o guaraná natural.
  • E se a pessoa disser:
    – Não, obrigado.
    Então não prepare o guaraná natural pra ela. De jeito nenhum.
    Apenas não prepare o guaraná natural.
    Não faça a pessoa beber o guaraná natural.
    Não fique bravo porque a pessoa não quer o guaraná natural.
    Ela apenas não quer o guaraná natural. Ok?
  • Se você perguntar, a pessoa pode dizer:
    – Ah, quero sim! Muito obrigada, que legal!
    Mas quando o guaraná natural chega, ela não quer mais beber.
    Sim, é um pouco irritante, já que você teve o trabalho de preparar o guaraná natural pra ela.
    Mas a pessoa não tem obrigação de beber o guaraná natural.
    Ela queria o guaraná natural.
    Agora não quer mais.
    Algumas pessoas mudam de ideia enquanto a gente mistura o xarope na água.
    E tudo bem mudar de ideia, sem problemas.
    E você mesmo assim não tem o direito de fazer a pessoa beber o guaraná natural.
Perguntas sugeridas

  • Vocês acham que esse texto fala de quê?
  • Em que situações vocês pensaram?
  • Pensaram em alguma situação que acontece na escola ou na turma?
  • Por que vocês acham que essas situações acontecem?

2º Momento

Pedir que a turma se divida em grupos de 4 a 5 participantes para pensarem e proporem uma cena/situação/diálogo que desenvolva algumas ideias que surgiram na discussão. Em seguida, encenar para o restante da turma e discutir as apresentações.

Comentando a atividade:

“Essa é uma oficina em que é comum os estudantes perceberem o objetivo dela fácil e rapidamente. Logo no começo da leitura do texto, ou então no começo do debate, alguns já dizem que fala sobre consentimento, que “não devemos fazer algo que o outro não queira”.  Às vezes, para explicar, relatam casos de violência e relacionam com o texto do guaraná natural.”