Trajetória
As relações intersubjetivas são frequentemente trazidas para esse campo, mostrando, assim, que os vínculos estabelecidos na infância e na adolescência permitem a construção de um pertencimento associado aos lugares e pessoas presentes em tais narrativas. É nesse sentido que os elos criados colaboram para o estabelecimento de um espaço da temporalidade, que pode ser de uma ordem cronológica, mas também do campo processual não sequencial, uma vez que a presença constante de lugares e pessoas auxilia na noção de tempo e rotina. Além disso, é perceptível, que a realidade de cada criança está muito presente, uma vez que, cada estudante fala de sua trajetória a partir de suas experiências. Os sentidos atribuídos a espaços, pessoas, relações e situações são dados a partir de um contexto, que está estritamente ligado a questões socioeconômicas, geográficas e culturais.
É importante dizer que ao falar sobre trajetória também estamos falando sobre memória, e falar sobre memória contribui para a reflexão de como as crianças participantes estão percebendo suas vivências de forma individual e coletiva. Dessa forma, observou-se em algumas atividades que Trajetória é tudo aquilo que, de forma processual, fala a partir de experiências subjetivas, vinda de um contexto específico, fomentada por elos entre sujeitos, lugares e acontecimentos, que comumente, está conectado a idéia de temporalidade (não necessariamente linear), recebendo significados a partir da percepção de cada criança.