Nesse sentido, relações sociais assumem lugar de importância para o estabelecimento dos laços. Podemos dizer que família, escola, trabalho, religião, política e lazer e, sobretudo os tipos de relação estabelecidas nestes contextos, podem definir a qualidade dos laços estabelecidos. Esses laços podem se apresentar de diversas formas, sem ser resumido ao campo afetivo do amor, admiração e empatia, mas também de outros tipos, como raiva, desprezo e medo. Para que se estabeleçam laços, se faz necessário haver trajetórias e atravessamentos que se conectam com aquilo que o sujeito se relaciona.

Falamos então de laços enquanto vínculos afetivos que se formam com o indivíduo, grupo ou espaço ao qual estamos nos relacionando, se dando pela via dos lugares e figuras de poder, estabelecidos através das relações de poder.As experiências que levam aos vínculos afetivos, apesar de ocuparem espaço em uma esfera individual, também estão situadas em uma esfera maior, compartilhada entre grupos sociais que passam por vivências similares, como as de opressão, violência, privilégio, entre outras, que ajudam a definir as posições hierárquicas existentes dentro das relações de poder, dessa forma ajudando a definir as formas de se relacionar.